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O Direito do Reto

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FreakOffTheLeash's avatar
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Separados por linhas invisíveis desenhadas no chão
Separados por credos, por raças
De geração em geração
Separados por regras sociais todos estão

Separados por muros de preguiça e futilidade
Separados por muros de medo e falsidade
De geração em geração
Separados por muros todos estão

Então quero saber...

Onde está o direito
De ir e vir do sujeito?
O direito de ser
Ser o que quiser
Ser onde quiser

Onde está o direito?
O direito à saúde
O direito à educação
O direito à moradia

O direito ao respeito!

O direito à verdade
O direito à liberdade
O direito à igualdade

O direito à vida!

Talvez esteja
Por trás dos muros

Por trás dos muros

E toda a gente
Que incapaz de ver sua própria verdade
Por preguiça, continuam a viver na lama
Vendo o mundo através das janelas da futilidade
Continuam plantando os grãos e colhendo grama

Separados em algum lugar
Entre o passado e o futuro
Onde o presente é ausente
Em um mundo fragmentado
Pelo silêncio na voz do inocente
E a palavra nas mãos do culpado

Essa gente
Que incapaz de ver sua própria verdade
Por medo, continuam a viver na lama
Embalados pelos ritmos da vaidade
Continuam plantando os grãos e colhendo grama

Separados os filhos dos pais
Separados os filhos da luta
Separados os filhos da pátria
Separados por filhos da puta!
X2

E o filho que a pátria mãe pariu
Que queimado por dentro
Já não pode mais sentir
O calor da vida
Que com seu suor escorre
Vai deixando suas impressões do mundo nos muros
Procurando algo que o faça sentir
O seu instinto hardcore

Procurando algo que o faça sentir
O seu instinto hardcore

O seu instinto hardcore!

Hey, senhor juiz
Como um homem do direito,
O que você me diz
A respeito da justiça?
E que justiça é essa
Que não há direito?

Me diz!
Me diz!

A sua autoridade
Aqui só é verdade
Pois você só tem direito
De privar a liberdade de um sujeito
Em um mundo sem direito

De privar a liberdade de um sujeito
Em um mundo sem direito

Em um mundo sem direito!

Senhor autoridade
Que seja feita a vossa vontade
Pode me prender por desacato
Mas eu não sou culpado
Eu não sou culpado, não

Mas eu não sou culpado
Eu não sou culpado, não

Vai!

No alto o asfalto é o barro (marcou bobeira escorregou)
E onde o direito não chegou, nasce o reto
Quando não há destino, só resta a sorte (o suor escorre)
Procurando encontrar em um mundo fragmentado
O seu instinto hardcore

Procurando encontrar em um mundo fragmentado
O seu instinto hardcore

O seu instinto hardcore!

Filho de pobre não tem vez, não tem voz, nasce mudo
Mas um dia o nó na garganta afrouxa
E nasce uma alma consciente no mundo
Filho de mãe lavadeira não é trouxa

Não é trouxa
Não é trouxa
Não é trouxa, não

No alto o asfalto é o barro (marcou bobeira escorregou)
E onde o direito não chegou, nasce o reto
Quando não há destino, só resta a sorte (o sangue escorre)
Vai procurando em seus próprios fragmentos
O seu instinto hardcore

O seu instinto hardcore!

E em meio aos seus fragmentos e sua dor
Vai misturando as tintas da sua verdade
Imprimindo com seu sangue e suor
Nos tetos dos muros, os céus da cidade

Um céu de liberdade
Um céu de liberdade
Um céu de liberdade!

E enquanto isso...

Toda a gente
Que incapaz de ver a verdade
Por preguiça, continuam a viver na lama
Vendo o mundo através das janelas da futilidade
Continuam plantando os grãos e colhendo grama

E toda a gente
Que incapaz de ver a verdade
Por medo, continuam a viver na lama
Embalados pelos ritmos da vaidade
Continuam plantando os grãos e colhendo grama

Separados em algum lugar
Entre o passado e o futuro
Onde o presente é ausente
Em um mundo fragmentado
Pelo silêncio na voz do inocente
E a palavra nas mãos do culpado

Separados coração e mente
O que será dessa gente?

Seus próprios muros


Verdade
Liberdade
Paz!
Comments47
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BrunoKopte's avatar
Eu gostei disso, me lembra muito Gabriel o Pensador. Tu tb é fã dele?